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Serranópolis do Iguaçu,13/05/2025

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CPMI do INSS é protocolada e aguarda Alcolumbre

Comissão busca apurar esquema bilionário de fraudes envolvendo consultorias, call centers e suspeitos ligados à CPI da Covid; leitura do requerimento deve ocorrer em 27 de maio

Agencia Brasil
CPMI do INSS é protocolada e aguarda Alcolumbre
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Foi protocolado nesta segunda-feira (13) o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar as fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação foi articulada por parlamentares da oposição, após revelações feitas por investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).

A proposta é liderada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), e recebeu apoio de 223 deputados e 36 senadores, incluindo membros de partidos que integram a base do governo, como o PSB. A escolha por uma CPMI, com atuação conjunta de senadores e deputados, foi uma estratégia para contornar a demora do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em pautar uma CPI exclusiva da Casa.

Apesar do protocolo, a instalação da CPMI depende da leitura do requerimento em plenário, ato que cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Como Alcolumbre integra a comitiva presidencial em viagem à China, a leitura deve ocorrer apenas na próxima sessão do Congresso Nacional, marcada para o dia 27 de maio.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema fraudulento utilizava call centers, consultorias e corretoras para aplicar golpes em aposentados e pensionistas. Dois nomes já conhecidos do cenário político aparecem nas investigações: Mauricio Camisotti e Danilo Trento, ambos ligados à CPI da Covid que investigou irregularidades na compra das vacinas Covaxin. Parlamentares suspeitam que, após o fracasso nas negociações da Covaxin, os envolvidos tenham migrado para fraudes contra o INSS.

A gravidade do escândalo se reflete na repercussão pública. Segundo a consultoria Quaest, entre os dias 21 de abril e 7 de maio, foram registradas cerca de 3,6 milhões de mensagens sobre o caso em 31 mil grupos públicos de aplicativos de mensagens — número superior ao da recente onda de boatos sobre taxação de transações via Pix.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o caso "respingou no governo" justamente porque a investigação foi livre e conduzida com autonomia. Ele destacou que a CGU agiu corretamente ao encaminhar as informações à Polícia Federal. "Graças a Deus que funciona assim. Se amanhã um amigo teu, um parente, está fazendo uma coisa errada, ele vai junto", declarou. Segundo Haddad, o presidente Lula quer “punição exemplar” para os envolvidos.

A expectativa agora é que, com a leitura do requerimento no fim do mês, a CPMI seja instalada e inicie as apurações formais sobre um dos maiores escândalos enfrentados pelo governo até agora.

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